Antes de continuar a ler o post, faça-se uma simples pergunta: você tem preconceito(s)? Seu preconceito é heroi ou vilão?
Nesta onda de politicamente correto, pessoas cheias de mimimis, não me toques os mais variados, esta geração de cristal que está surgindo, você provavelmente, para seguir a torrente, dirá que NÃO tem preconceitos.
E aí você pergunta: e você, autor, tem preconceitos?
Eu respondo, categoricamente, que tenho sim.
Antes que você fique nervoso e deixe de ler o resto do post, deixe-me explicar.
No mercado de trabalho, as empresas procuram pessoas com o perfil X, Y ou Z, que tenham vivência com determinados processos ou ferramentas, que elas tenham experiência em determinada função, etc, etc, etc.
Vivência, experiência, perfil profissional são preconceitos.
Etimologicamente, preconceito é o resultado de pre+conceito.
Segundo o Houaiss eletrônico, o sufixo “pre” significa ou infere ‘anterioridade, antecipação, adiantamento, diante, superioridade comparativa’ e, na mesma fonte, “conceito” possui como principal/primeira significância: faculdade intelectiva e cognoscitiva do ser humano; mente, espírito, pensamento.
Em suma, PRECONCEITO é um conhecimento prévio sobre determinado assunto, uma opinião prévia, uma habilidade desenvolvida previamente.
Então, quando uma empresa faz, em um anúncio de emprego, a descrição do cargo, ela diz quais preconceitos o candidato deve ter para se candidatar àquela vaga.
E é isso que as empresas buscam em um candidato a uma vaga qualquer. A empresa, a princípio, precisa resolver um problema e aquele perfil de candidato, com aqueles preconceitos estabelecidos, desenvolvidos, tem alta tendência a “dar conta do problema”.
Assim, volto veementemente a dizer que tenho preconceitos sim. Em marketing, em administração, em gestão, em planejamento, em estratégia, em informática, em línguas, etc. Estes preconceitos são continuamente melhorados e ampliados, ao passo que me deparo com novas pesquisas, reportagens, estudos e conceitos acerca dos temas.
Claro que, quando se associa a palavra somente à uma conotação negativa, a do preconceito contra credos, etnias, orientações sexuais ou qualquer outra situação que denigra um terceiro, preconceitos são de extremo mau-gosto.
O português é uma língua cujos termos podem possuir diversos entendimentos, por isso é preciso chegar a um acordo – em muitas vezes tácito – com o emissor da mensagem, seja um escritor, um palestrante ou um jornalista/repórter, dando a este último, uma larga margem, devido aos discursos preconcebidos da agenda que este deve seguir para programar a sua mente.
Quanto mais você ler, quanto mais conhecer a língua, melhor conseguirá analisar e verificar a validade do que se está escrevendo e/ou falando. Não se deixe enganar.
Finalizando, volto a perguntar: você tem preconceitos?
Se você tiver alguma sugestão, opinião ou dúvida, você pode entrar em contato pelo formulário de contato, pelo WhatsApp ou enviar um e-mail diretamente para site@marciokarsten.pro.br.