Na vida, todos deveriam ter metas. Passar de ano na escola, concluir os estudos em todos os seus níveis, conseguir um emprego, encontrar o amor de sua vida, estabelecer um relacionamento (com todos os seus desmembramentos futuros) e, em alguns casos, tudo simultaneamente.
As metas na vida pessoal não são isoladas e contribuem para a construção de uma pessoa melhor, com mais recursos financeiros, mais amigos, melhores atitudes e comportamentos. Uma verdadeira evolução pessoal, numa rotina causa-consequência estabelecida.
Porém, parece que os líderes empresariais não conseguem transportar esta rotina para as empresas ou, pelo menos, não conseguem comunicar ou fazer entender esse comportamento dentro das organizações.
Os profissionais de áreas críticas, que deveriam entender o porquê das metas não possuem esta explicação. Não sabem o que colaborará para que ela seja alcançada e nem para que contribuirá a meta estabelecida.
Exemplificando: é comum observar as pessoas do departamento comercial das empresas perseguirem os 10%, 15% ou qual seja a meta estabelecida de aumento de vendas em um ano, comparado com o ano que acabou de encerrar.
Alguns questionamentos podem surgir a partir do estabelecimento desta meta:
- Qual foi a base científica para seu estabelecimento?
- Onde ela se encaixa no planejamento da empresa?
- O que contribuirá para que ela seja alcançada?
- Com que contribuirá essa meta no planejamento da organização?
Dentro de uma empresa em que o planejamento seja um processo democrático e bem comunicado, essas questões são prontamente respondidas, porém naquelas em que o planejamento é realizado à portas fechadas, somente pelos diretores e sócios, o compreendimento da estipulação da meta é obscuro para a equipe.
Neste sentido, Kaplan e Norton desenvolveram a ferramenta Balanced Scorecard, que facilita este entendimento e também mostra que é praticamente impossível, a manutenção de um índice de melhora de desempenho sem embasamento ou suporte por outras áreas/setores de uma organização.
Os resultados financeiros são suportados por atividades de marketing, que possuem apoio dos processos internos que são resultante dos esforços em aprendizagem e desenvolvimento das pessoas.
Uma meta, isolada em uma organização, sem embasamento científico, pode ser percebida como um deslumbre da gerência, uma atitude de perseguição ou de arrogância.
Mesmo em uma empresa, as atitudes possuem causa e consequência. Às vezes, no curto prazo, às vezes, no longo prazo. Demissão de pessoas, desligamento voluntário, falta de investimento, perda de cliente, redução de faturamento, problemas financeiros… uma coisa está ligada na outra, dentro de um tema estratégico que a empresa adote.
O estabelecimento de metas é um processo crucial dentro do planejamento e deve ser criteriosamente conduzida e monitorada constantemente, para que sejam realizadas e tomadas as medidas preventivas e corretivas pertinentes.
Crescimento, sempre é objetivo, porém as metas não podem ser, ano após ano, a mesma, sem uma análise e/ou revisão científica, até para que se levantem argumentos em defesa da meta, quando questionada.
No próximo planejamento, tenha mais cuidado na estipulação das metas.
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