Sobre os Shopping Centers de Joinville

Se você é professor, desconsidere a ideia de fazer uma atividade com seus alunos nos Shopping Centers de Joinville, principalmente no que toca à marketing e pesquisas.

Shopping centers, uma verdadeira aula de marketing (ou não). Imagem meramente ilustrativa

Shopping centers, uma verdadeira aula de marketing (ou não).
Imagem meramente ilustrativa

Certo dia, fui com meus alunos de Marketing e Serviços realizar uma atividade em um shopping center da região central de Joinville, que possui diversas lojas, distribuídas em alguns pisos. A atividade consistia em fazer um diagnóstico das variáveis de marketing de algumas lojas, que foram distribuídas por meio de sorteio entre as equipes.

Determinado momento, alguns alunos voltam dizendo que os seguranças não deixaram mais realizar a “tarefa” por que não é permitida a realização de “pesquisas” naquele shopping.

Em primeiro lugar, não se tratava de uma “pesquisa”. Era uma atividade qualquer, corriqueira. O que os administradores (ou os seguranças, sei lá) querem proteger com isso, não sei, uma vez que a atividade não visava roubar segredos industriais de ninguém.

Em segundo lugar, com o sorteio das lojas para as equipes, foi “forçado” a alguns alunos entrarem em lojas que nunca haviam frequentado, ampliando seu leque de opções para considerar futuramente em caso de uma compra.

Em terceiro lugar, ao término da atividade, paguei duas pizzas gigantes para os meus alunos, o que quer dizer que houve, também, a compra de itens durante a atividade. Fora qualquer outra coisa que os alunos tenham vindo a comprar durante suas andanças pelo citado shopping.

O shopping center precisa flexibilizar sua segurança e seus critérios, precisa se inserir na comunidade que a cerca. Não pode se considerar uma ilha, pois, em determinado momento, tornar-se-á, realmente, como tal, isolada e sem frequência.

O shopping center oferece segurança aos professores e seus alunos na realização de tarefas acadêmicas, oferece concentração e multiplicidade de lojas, oferece horário alternativo de funcionamento. Se não é possível realizar uma tarefa acadêmica em um shopping center, onde realizar-se-ia tal atividade?

E depois, os administradores das lojas e do próprio shopping, pedem aos professores, metodologias de ensino alternativas, aulas mais dinâmicas e outras práticas, que liguem o conteúdo ao cotidiano do aluno.

Sem esse espaço para realizar tais atividades, fica muito difícil, principalmente para acadêmicos do horário noturno.

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