Ecologia de população nas organizações

John Freeman

John Freeman

Michael T. Hannan

Michael T. Hannan

Os autores exploram as características ecológicas das organizações. Suas adaptações ao meio e os critérios de seleção, sendo que para as organizações sobreviverem ao meio, devem se adaptar, respondendo às pressões inerciais emergentes dos arranjos estruturais internos e das restrições ambientais, sendo que algumas empresas já possuem algumas estruturas de adaptação que podem, de certo modo, limitar ou modificar a perspectiva, selecionando as ações a partir de um conjunto restrito de opções.

A análise ecológica da organização se dá em cinco níveis: membros, subunidades, organizações individuais, populações de organizações e comunidades.

As organizações, em qualquer nível e em qualquer configuração ambiental, somente estão adequadasàquela condição ideal para a qual foi programada, às demandas próprias daquela configuração. Qualquer alteração nestas condições força a organização a uma evolução.

Os autores, então, analisam duas fontes de alteração ambiental (ou desdobramentos):

  • Teoria da Competição: que tem como principal conclusão que “a emergência de grandes organizações pode aumentar as chances de sobrevivência das pequenas, de uma maneira não prevista no modelo clássico. Quando as grandes organizações tomam a cena, as situadas no meio da distribuição de tamanho caem presas numa armadilha. Qualquer estratégia que adotarem para combater o desafio das formas maiores as torna ainda mais vulneráveis em sua competição com as organizações pequenas e vice-versa” (p. 170)
  • Teoria do Nicho: cuja conclusão dos autores é pela adoção do caráter generalista pelas organizações, principalmente no tocante à acumulação e retenção de variedades de capacidade ociosa, mesmo que estes generalistas sempre pareçam menos eficientes que os especialistas, principalmente em termos de desempenho.

Para os autores, a primordial atenção que as organizações devem tomar – que deve refletir em seu comportamento – é a continuidade natural, da evolução quando o ambiente sofre alguma alteração, adequando-se e fazendo uso das reservas ulteriormente levantadas.

Dúvidas ou sugestões, entre em contato.


Referência

HANNAN, Richard L.; FREEMAN, John. Ecologia de população das organizações. In: CALDAS, Miguel P.; BERTERO, Carlos Osmar (Coord.). Teoria das organizações. São Paulo: Atlas, 2007. Cap. 8, p. 154-190.


Resumo confeccionado durante o programa de mestrado da UDESC/ESAG

Disciplina: Estudos Organizacionais
Professor: Dr. Mauricio C. Serafim